domingo, 11 de julho de 2021

Universo Gráfico

    Por que os seres humanos precisam tentar interpretar tudo, Leitor? Tudo tem mesmo que ser interpretado? E até mesmo interpretações erradas são válidas? Tomemos como exemplo algumas interpretações críticas minhas das imagens: 

 

    Para mim, aqui o que mais chama atenção e faz com que as artes funcionem é o princípio da subordinação. O nome exato não é esse, mas o chamo assim. A subordinação do texto à imagem. Em ambas as artes vemos como o texto está subordinado(em função) da imagem da mulher e da mão com varinha. A imagem grita, então texto forma uma imagem/visão de megafone para enfatisar isso. A varinha precisa mexer para fazer o feitiço, então as letras mexem em função do "movimento" da varinha, pode-se até falar que o movimento é de baixo para cima, como se estivesse subindo, pois, certamente, se fosse para baixo haveria palavras na parte inferior amarela. Então a imagem funciona por causa dessa subordinação, por provocar movimento(até mesmo sonoros) e pela escolha equilibrada de cores(se o amarelo quer chamar atenção, o preto tenta equilibrar para que não fiquemos o tempo todo olhando o amarelo).


    Essas duas o principal é o grid ritmado, se sua mão levanta o espaço que ela ocupava é preenchido por grids. O texto dança ao som dos passos. Outros aspectos são a escala e hierarquia, se existem palavras chaves, elas merecem aparecer mais do que as normais; se uma frase é a mais importante ela precisa aparecer, mesmo que uma letra precise ser diminuída em escala.

    Minha preferida, com certeza. Texto sangrado, movimento, ritmo e hierarquia. Uma imagem dinâmica.

    Podemos citar o uso de linhas que rodeiam o perimetro da forma dando mais destaque as mensagens presentes no centro em detrimento das frases ao entorno que pertencem ao conjunto mas não ganham muita presença, tambem pode-se perceber que os elementos são sobrepostos de forma a se assemelhar com adesivos e dando uma simetria dinâmica ao conjunto. A dinâmica na primeira é a hierarquia/subordinação dos balões de palavras ao moviemento do sino.

    Agora podemos visualizar claramente a presença de diferentes elementos gráficos. Na primeiro o foco recai sobre a ideia de diferentes hierarquias que se ligam uma a outra em um aglomerando completamente assimétrico, sendo muito difícil encontrar um padrão para os simbolos e fontes dispostas sobre a obra. 

    Aqui temos um grande contraste em relação a de cima, são mais organizadas, a organização dos elementos formam um tipo de grid e as linhas, em especial na segunda foto, delimitam a área da imagem. Um grande foco é dado as formas geométricas que apesar de possuirem escalas diferentes, parecem se equilibrar na obra e o caráter minimalista das fontes, que seguem os principios da Bauhaus e modernismo de funcionalidade e racionalidade.


    Nessas três imagens podemos ver claramente o uso desses princípios de funcionalidade, racionalidade e simplicidade acima de tudo.


    A presença dos grids e a idéia de plano é o fator de maior importância nessas duas imagens, que se apresentam de forma semelhante à um projeto industrial, de forma bem sintética e racional e o uso de símbolos como representações 

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