domingo, 22 de agosto de 2021

Arquitetura como espaço fundante das emoções

         Foi um tanto desafiador.

        Apesar deu morar toda a minha vida no mesmo lugar, hoje ele já não é nada comparado ao que era nas minhas lembranças. Acho que ele estar sempre mudando não consegui entrelaçar meus sentimentos a um lugar que nunca é o mesmo, parecia que se eu fizesse isso queria dizer que perderia parte das lembranças que formaram quem sou hoje. Tiver resgatar muita coisa do fundo do baú, mas foi como tentar montar um quebra-cabela incompleto.

        Por exemplo, tem um cheiro específico que me trás saudade, mas não sei que cheiro é e não sei a lembrança que atrelei a ele. Mas ele me faz ter saudade da minha infância, mesmo não entendo bem o proquê. 

        Fiz esses dois desenhos para ilustrar essa saudade. Como não sabia de onde exatamente ela vinha transformei isso em linhas de fluxos. As mais escuras e marcadas representam o presente, as mais claras um passado já quase apagado e esquecido, mas diretamente ligado ao hoje.

        Sentar na varanda da minha casa traz esperança, por isso linhas sem fim. Como é o céu de lá que traz isso não consegui focar nas coisas materiais que tem na varanda, porque elas pareciam mais tirar esperança do que fomentar ela. 


        E por último o único sentimento que estava atrelado a um lugar, o medo. Ele me faz lembrar da porta escura no fim do corredor que nem sempre tem luz, então você nunca sabe o que te aguarda por lá.


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