segunda-feira, 14 de junho de 2021

Desenhando do Outro

 Desenhar é um dom que Deus concedeu a alguns, para enfeirtar os tons cinzas do mundo."

- Cissa Souza

    As vezes palavras são tão poéticas. E hoje vou começar criticando isso. Há tanta romantização por trás das palavras que por vezes nos pegamos presos nessas teias de ilusão. Estabeleço hoje, se já não estabeleci, o compromisso da franqueza, colocando-o em prática à partir de agora. 

    Desenhar realmente é um dom, assim como alguns tem dons em esportes, culinária, escrita e muitos outros, o desenho é um dom. Um dom que definitiamente essa escritora aqui não tem. Não tem o dom, nem paciência. Parabéns aos que conseguem colocar a vida em linhas, textura e papel. Eu definitivamente não consigo. Acho chato. Não sei se isso se deve ao meu sentimento direto ao desenho ou a quantidade de tempo que tenho para fazê-los. Do meu ponto de visto desenho é arte e você não pode estabelecer tempo para a criatividade. Quando se faz isso, o resultado é tragédia. 



    Depois desses rabiscos, fico me perguntando, Leitor, isso é para mim?

    Pela minha experiência de vida esse foi um dos momentos que você não sabe o bem que a dor pode trazer a longo prazo. É como andar de bicicleta, no início você cai e querer parar de tentar aprender, mas a cada queda você se descobre mais forte e capaz e no final o pensamento é semelhante a "Como algum dia eu pensei em desistir disso". Outra façanha da dor é que quanto mais você a sente menos quer senti-la e mais determinado ficará a não cair de novo.

    Algumas coisas nós não entendemos quando fazemos, mas quando a hora de entender chega é só comemoração. Sinto isso ao desenhar. 

    Espero não estar enganada ao comparar desenho a andar de bicicleta. 

~BMferreira





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